06/05/2015

Confissões de mãe sobre a primeira semana de vida do bebê

Um mês! Meu Theo completou um mês de vida e é claro que a vida da família mudou e muito. Como qualquer mudança, o começo é sempre pior, mais sofrido. E esse post é para falar exatamente sobre esses primeiros dias cheios de altos e baixos. Quando estava grávida o que eu mais ouvia eram coisas do tipo 'aproveite para dormir agora', 'as noites de sono acabaram', 'é preocupação para a vida inteira' e muitas outras parecidas. Eu confesso que sempre achei exagero, coisa de gente estressada que não tem muito jeito com criança. Mas eu estava errada, realmente não foi fácil. 

Chegar do hospital com meu bebezinho no colo foi maravilhoso, a sensação de 'agora somos três e será assim para sempre' é indescritível. A alegria é imensa, mas são mudanças e novidades que geram um misto de emoções muito grande. Na primeira noite ele mamou por menos tempo, porém por mais vezes. Isso seria normal? Já liguei para o pediatra na manhã seguinte para perguntar, nunca imaginei que ligaria para ele logo após a primeira noite em casa (culpa da enfermeira que me assustou no hospital dizendo que Theo iria para a UTI caso não mamasse o suficiente).

Aí temos as emoções da amamentação... ah, a amamentação! Vai ter um post exclusivo sobre isso, mas já adianto que não é simples nem fácil, mas o pior são os primeiros dias, que parecem eternos, mas passam.

Sempre me considerei uma pessoa forte, mas fui acometida por um medo ruim de controlar. Theo fazia um chiado ao respirar, fui pesquisar sobre isso na internet e fiquei péssima! Li sobre sobre gripe em recém-nascidos e suas consequências e só relaxei depois que minha irmã disse que meu sobrinho fazia esse mesmo barulho, que alívio.

Por que bebês tem cólica? Para deixar os pais ainda mais desesperados? Terrível ver aquele serzinho tão pequeno chorar 8 horas seguidas (sim, eu disse 8 horas!) por causa da cólica. Uma sensação de impotência desesperadora. E para piorar, o horário de início da cólica era meia noite e só parava depois do dia claro.

Para piorar ainda mais, lá pelo quinto dia de vida, durante uma crise de cólica, começou a sair uma secreção amarelada dos olhinhos do Theo, em uma quantidade maior no olho esquerdo. Quanto mais ele chorava, mais secreção saia, chegava a deixar os olhinhos colados. Fui pesquisar de novo e mais desespero. Decidi que não pesquisaria mais nada (claro que continuei pesquisando!). Novo contato com o pediatra e a indicação foi só limpar com água filtrada e aguardar. Durou uns quatro dias e sumiu, ufa!

Se eu me mantive calma em todas essas situações? Claro que não! Enquanto Theo mamava eu ficava lendo blogs com relatos de mães e via que eu não era a única a viver tudo aquilo e isso me fazia sentir mais normal. Sem contar, é claro, com o apoio do meu marido. Ele tirou férias e fomos sempre nós dois juntos dando conta das novidades e quando um 'amolecia' o outro dava força e assim a gente sobreviveu.

Quando a primeira semana terminou e eu pensei se haveria tempo de escrever o prometido post semanal para o blog, eu decidi que mesmo se houvesse tempo eu não escreveria porque ainda estava sofrido demais. Só de pensar em cada história para contar já dava vontade de chorar e eu não queria que parecesse que era só desespero, só coisa ruim. Olhar para o rostinho de Theo nos fazia sentir uma felicidade tão estranha, um amor tão diferente que fazia tudo valer a pena. 

Eu fiz questão de escrever esse post porque foi através dos relatos das mamães blogueiras que eu me senti melhor e se meu texto fizer isso por alguém eu já vou ficar muito feliz. A primeira semana é difícil, cansativa, deixa pessoas fortes completamente fragilizadas pela impotência, provoca lágrimas, mas ela passa, apesar de parecer eterna. Isso não significa que tudo fica tranquilo e sereno a partir da segunda semana, mas começa a melhorar. E se eu pudesse escolher um conselho para mamães que estão vivendo esse momento seria não deixe o choro do seu bebê te desesperar e tirar a sua sanidade. Ele vai chorar e nem sempre você vai conseguir acalmá-lo, entenda isso! Fique por perto, cante, deixe que ele sinta seu cheiro, tente amamentar, mas se ele não parar de chorar não ache que é culpa sua, lembre-se que vai passar!


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